Assistir à Elf 17 me despertou o mesmo sentimento de assistir um episódio qualquer de Dragon Ball (1986) – que não por coincidência, foi realizado por um estúdio da mesma produtora (Toei Video). Diferentemente, apenas a questão de ter sido lançado diretamente em vídeo (OVA) e também não ter uma saga inteira para desenvolver. Entretanto, apesar de não ser uma grande jornada, o título com seus menos de 30 minutos de duração entrega uma experiência que vai se moldando a partir de uma abordagem bastante inocente com cada eventual acontecimento.
A motivação principal do anime é a aventura. É essa ingenuidade. Elf 17 é um tipo de anime que não se importa diretamente com regras ou motivações que tenham um sentido mais lógico e racional, já que o foco principal é justamente essa jornada instigante pelo espaço que os personagens irão participar.
É uma narrativa bem curta, direta. Apresenta a premissa, desenrola alguns eventos e os conclui rápido; como se fosse realmente um episódio piloto de anime que se dedica a apresentar logo de cara a funcionalidade do seu universo e os métodos estilísticos e visuais.
Os métodos como o diretor Junichi Sakata vai trabalhar visualmente esse universo seguem tendências bastante convencionais daquele período. Muitas cenas com explosões, transformações, ecchi; aquela trilha sonora empolgante bem característica dos anos 80, etc.
Até o modo como os personagens começam a entrar na aventura segue uma lógica bem discreta e sem muita enrolação. A Ruu (elfa) que surge literalmente do nada no começo do torneio, sem uma origem e apenas com a sua vontade de viajar pelo espeço; que acaba “vencendo” o torneio e é convidada pelo príncipe para participar da aventura. O personagem do K.K que perde o torneio no início e é chamado também para fazer parte do grupo reunido pelo príncipe. Até a motivação do príncipe com essa viagem espacial também não possui um motivo específico se não a viagem por si só.
Apresenta-se uma variedade estilística e temática bastante ampla, com essa mistura de um universo com personagens místicos, planeta futurista, planeta com tribos antigas; mistura elementos do passado com elementos futurístico (algo também bem característico em Dragon Ball). Como parte de uma lógica que busca ser um tipo de atrativo, o método usado tenta propor uma experiência bastante direta. Cada cena e acontecimento tem uma potência própria, no sentido de tanto ação como também as cenas de comédia usarem de uma abordagem bem tradicional, mas que se forma numa lógica continua. É literalmente como um episódio piloto de uma longa jornada, e que deve ser o mais atraente possível.
É um episódio que consegue o feito de criar um sentimento de empolgação por algo que está por vir (mas não chega a vir). É realmente triste pensar que o anime da uma fagulha de esboçar para os espectador que vai apresentar mais e mais universos e variedades, e se descobre que esse é o seu começo e fim. Deixando claro que isso não é um apontamento de um defeito desse espetacular OVA – talvez até possa ser dito o contrário, já que esse é um glorioso feito. No seu pouco tempo, ele se faz tão bem que é impossível não desejar nada mais nada menos, do que uma continuação.
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Gekiga Fansub
Sou um cara qualquer que gosta de assistir animes ou ler mangas às vezes, mas também sou dono de scan/fansub e faço isso por hobby
Henrique Neves é fundador, administrador e escritor do site Casa dos Reviewers! Formado na faculdade de Jogos Digitais da Universidade Nove de Julho e estudante ativo (autônomo) de linguagem cinematográfica e animação.
Cargo: Administrador/Escritor
Henrique Neves é fundador, administrador e escritor do site Casa dos Reviewers! Formado na faculdade de Jogos Digitais da Universidade Nove de Julho e estudante ativo (autônomo) de linguagem cinematográfica e animação.
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