O trabalho de qualquer artista (seja ele um cineasta, animador, pintor, músico, poeta etc.) é propor uma ideia ou uma visão sobre o seu trabalho. Todo artista faz escolhas únicas que buscam impactar o seu espectador, tanto sensorialmente quanto intelectualmente. Então, quando assistimos a uma obra como Monster, 2004 deveríamos elogiar o seu animador Masayuki Kojima, correto? Mas não é o que realmente acontece, e na maioria das circunstâncias também.
Eu sei que não é todo mundo, mas normalmente, nesse tipo de caso nós temos dois tipos de pessoas:
1 - Aqueles que sabem da existência de um diretor envolvido na produção da obra, mas que ignoram a importância do seu trabalho. Na maioria dos casos, acham que o seu papel é apenas escolher planos e enquadramentos e deixar o anime o mais cinematográfico possível;
2 - Aqueles que nem sabem que existe uma mente pensante em volta daquela obra e acham que as pessoas envolvidas no anime precisam apenas fazer uma “versão animada” do mangá/novel/jogo.
Claro, existem alguns diretores que se destacam mais entre a comunidade e tem seus nomes exaltados pelo público, como Hayao Miyazaki (que é um nome gigantesco até entre quem não assiste animes), Masaaki Yuasa, Shinichiro Watanabe, Makoto Shinkai, Satoshi Kon etc. Esses diretores são quase sempre responsáveis por realizar trabalhos que provocam grande comoção no público em geral, por isso ficam mais conhecidos.
Mas, esses diretores não são os únicos que realizam boas obras entre a arte que é fazer animes. Existem várias mentes pensantes por trás de trabalhos incríveis. Vamos usar como exemplo mais uma vez o diretor Masayuki Kojima, que realizou trabalhos como o já citado Monster, também dirigiu Master Keaton, Abenobashi Mahou☆Shoutengai, Black Bullet e o mais recente e ótimo Made in Abyss. Talvez com exceção de Abenobashi, todos os seus trabalhos são muito famosos e elogiados – mas apenas os seus trabalhos. Se quando citamos Yojouhan Shinwa Taikei (The Tatami Galaxy) ou Ping Pong The Animation, elogiamos não só as ótimas obras, mas também o ótimo trabalho de Masaaki Yuasa, então por que não falamos o nome de Masayuki Kojima quando elogiamos Monster ou Made in Abyss? Ou o mesmo com Shukou Murase (dir: Ergo Proxy, Gangsta e Michiko to Hatchin) e Osamu Dezaki (dir: Ashita no Joe 1 e 2, Space Cobra e Takarajima).
Precisamos destacar que Yuasa, Miyazaki, Satoshi Kon e outros diretores mais conhecidos possuem normalmente um estilo estético único e mais evidente. Então, não são apenas bons diretores e ótimos trabalhos, são também trabalhos que evidenciam de forma estética sua visão e método artístico de forma mais direta. O público normalmente consegue notar uma semelhança entre Tonari no Totoro, Sen to Chihiro no Kamikakushi e Howl no Ugoku Shiro do Miyazaki ou uma estranheza em obras como Mind Game, Devilman: Crybaby e Keep Your Hands Off Eizouken! do Yuasa. Ao assistir 2, 3 ou mais trabalhos parecidos, temos essa curiosidade de procurar quem é o responsável por tal sequência. E eu também já tive tal interesse, e ainda tenho. Quando assisto um novo anime, gostando ou não do que acabei de assistir, eu quero saber quem foi o/a responsável. Dessa forma, conheci ótimos artistas pouco comentados. Além de Masayuki Kojima e Shukou Murase já citados, também descobri Ryuutarou Nakamura (dir: Serial Experiments Lain, Kino no Tabi: The Beautiful World e Shinreigari ) e alguns outros do qual já assisti algum trabalho e tenho conhecimento de sua existência, mas ainda não tive tempo de assistir seus outros trabalhos. Ver a "animografia" de alguém cujo trabalho você gostou, pode levar sim a conhecer mais coisas incríveis.
Trabalhos de Masaaki Yuasa
Mesmo os diretores que não evidenciam tanto um aspecto visual, em grande maioria ainda tem um estilo e uma abordagem muito única (a tão famosa Autoralidade). Basta repararmos no trabalho de Tetsurou Araki (dir: Death Note, Highschool of the Dead, Shingeki no Kyojin e Koutetsujou no Kabaneri ). Podem ser trabalhos não muito inovadores e diferentes na questão estética e visual quando pensamos em animes no geral, mas são obras que nos apresentam um olhar bem distinto da maioria. Ainda mais quando tocamos na forma como o diretor aborda a violência e a dinâmica dos corpos. Tudo em um anime do Araki costuma ser muito dinâmico.
Em Death Note quando Light (Kira) começa a realizar as suas primeiras mortes, não vemos apenas assassinatos, mas sim um jogo de corpos e mortes de formas muito calculadas. Um personagem não apenas se joga do prédio, ele se joga com uma dinâmica muito forte, como se estivesse sendo empurrado por alguma força. O Kira não apenas escreve um nome no caderno, ele escreve com movimentos muito rápidos e esticados. É como se ele estivesse lutando contra os criminosos que estão sendo mortos. No famoso episódio onde ele esconde a câmera dentro do saco de batatinhas, na hora em que ele come a batatinha, existe uma dinâmica bem enérgica que potencializam esses atos. Eu cansei de ouvir que “Death Note é apenas mind game” ou “ele apenas seguiu o mangá e fez um bom anime”. Eu tenho certeza que se Death Note ganhasse um remake ou tivesse sido dirigido por outro diretor na época, as pessoas notariam essa diferença.
É legal notar como o Araki não está interessado em tornar seus personagens muito humanizados, e sim em uma espécie de corpos de carne que contribuem para tal dinamismo que ele tenta alcançar. Shingeki no Kyojin e seus personagens seguem essa mesma lógica na visão dele. Os personagens até possuem uma personalidade bem rasa, mas eles são apenas usados para serem jogados no meio da ação, o que de longe não é algo ruim para mim. No episódio 5 da primeira temporada, logo após o Titã Colossal destruir a muralha pela segunda vez, o grupo do Eren parte para (se eu não me engane) ajudar as pessoas que começariam a ser atacadas pelos titãs que entraram na muralha. Enquanto os personagens estão em seu caminho para lutar contra os titãs, começam a ser mortos um por um. É uma cena assustadora, mas também muito eletrizante. Ou a famosa cena do Levi x Titã Fêmea que também tem esse dinamismo bem presente e várias outras também. Mas claro, também precisamos elogiar o ótimo trabalho do diretor de animação e também do estúdio (e o Araki praticamente só trabalhou em bons estúdios) que ajudam a contribuir para a visão artística do diretor. E também destacar que SNK é um mangá de ação, e que em teoria deve facilitar a sua encenação.
A trilha sonora de ambos os animes também ajuda a engrandecer o valor dinâmico das cenas.
Eventos que em outros animes seriam possivelmente normais, como escrever nomes em um caderno ou na cena em que o Levi está espancando o Eren no interrogatório, na visão do T. Araki são potencializadas e dinamizadas pela sua forma de encenação. O que eu realmente quis evidenciar fazendo essa análise, é que, mesmo não se distanciando e inovando tanto no aspecto visual, ele inova muito na sua forma artística. Essa é uma característica muito única dele. Podemos até analisar outros artistas e buscar entendermos como eles se expressam artisticamente. Inclusive, o Araki até tem a sua “fama” na comunidade otaku, mas também é pouco elogiado ou lembrado quando falamos bem de suas obras. Eu imagino até que poucas pessoas que gostam do diretor tenham consciência dessa possível “forma artística”, e sejam apenas fãs dos seus trabalhos. Mas que fique claro que eu não cobro isso de nenhuma pessoa. Eu estou acostumado a comparar os trabalhos dessas pessoas e perceber essas sutilezas, tanto em trabalhos de animadores e cineastas.
Ok, mas o que trazer à tona essa autoralidade no trabalho de diretores tem com relação ao título deste texto? O que isso prova que o anime, mesmo adaptado de um mangá, novel ou jogo o torna uma obra única e não apenas um subproduto animado? A minha ideia é a de que mesmo um anime sendo inspirado em um outro produto, ele irá causar um impacto artístico diferente no seu espectador. Quando o Masayuki Kojima adapta o mangá Monter, 1994 do grande mangaká Naoki Urasawa para anime, ele não apenas pega o mangá e ilustra em para uma versão animada, ele faz escolhas que potencializam a sua ideia. Ou que potencializam a sua visão sobre o mangá que ele vai adaptar. Claro que o material original sendo de alta qualidade ajuda muito, mas não garante um anime bom só por isso.
Podemos até usar como exemplo Dororo, 1967 mangá de Osamu Tezuka. Temos uma versão em anime de 1969 e a versão mais recente de 2019. Eu adoro as duas obras (até mais a de 1969). Elas seguem quase que a mesma trama, com os quase mesmos acontecimentos, mas a sensação de assistir as duas e ler ao mangá do Tezuka é completamente oposta. E isso se dá pela visão oposta que esses artistas tem sobre o mesmo material. Considerando que Gisaburou Sugii, pelo padrão de suas obras, a época e até a verba, extrai um lado mais infantil e ao mesmo tempo macabro de seu material base. Acho até que ele foi mais fiel ao mangá. Já o Dororo de Kazuhiro Furuhashi tem um aspecto ainda mais sombrio o sério. Ele quase que se afasta completamente da comédia. Se nós dermos uma pequena recapitulada nos trabalhos deste diretor, percebemos que essa também já é uma forma artística particular dele. Ele dirigiu também o Hunter x Hunter, 1999 – que é uma versão mais sombria que a versão de 2011, e também foi responsável pela adaptação de Rurouni Kenshin e a considerada “melhor versão” mais séria Rurouni Kenshin: Meiji Kenkaku Romantan OVA, 1999. A visão artística de Furuhashi sobre seus trabalhos quase sempre evidencia essa presença sombria. Se formos ainda mais longe, vamos pensar na grande diferença entre as várias adaptações de Batman que já tivemos. Desde o tom mais infantil dos filmes antes de 2000, e as obras do Nolan com o seu lado mais sério e dramático. Todas inspiradas de um mesmo personagem (claro, de vários Batmans diferentes de quadrinhos diferentes).
Mesmo aqueles que possuem o conhecimento de que o diretor é quem está por trás daquela obra que ele está desfrutando, ainda assim direcionam todos os elogios e críticas ao mangaká. Neste ano de 2021, tivemos a adaptação de Mushoku Tensei, dirigida por Manabu Okamoto. O autor da Novel de mesmo nome é Rifujin na Magonote. E sim, ele é o responsável por algumas atrocidades escritas e cometidas pelo seu protagonista Rudeus Greyrat na obra base para o anime.
Quem acompanhou Mushoku Tensei até o final possivelmente notou que ele se difere da maioria dos isekais em algumas coisas. Ele tem um tom mais sério e até uma ambiguidade entre a vida passada do personagem e sua nova vida. O que surpreende é que ele não muda e continua agindo como um lixo em sua vida nova. Ele assedia outras personagens, sendo adultas, adolescentes ou crianças. Isso evidencia um lado meio “doentio” do seu protagonista, que deveria criticar tais atos, mas não é o que o anime nos mostra. Existe um conflito entre a seriedade do tema que quer ser apresentado e a infantilidade e suavização dos atos do Rudeus. O que o difere de um isekai normal que faz o mesmo tipo de coisa com personagens femininas, é que nós somos próximos demais do protagonista. As escolhas de encenação e narrativas do Manabu Okamoto nos aproximam de forma intima do personagem. Nós praticamente estamos a parte de seus desejos, com aquela voz off que nos coloca na cabeça dele e também por acompanharmos o seu crescimento dês de pequeno, até a sua vida passada. E é difícil assistir qualquer coisa que nos coloca na pele de um maníaco sexual. Algumas coisas que existem na estória foram escritas pelo mangaká, mas potencializadas pela encenação do diretor ação – e adivinhem de quem foram atrás para criticar? Tudo bem que o Rifujin na Magonote pode ter escrito várias merdas, mas o responsável por Mushoku Tensei ANIME não é ele. O diretor poderia sim ter tido uma abordagem mais séria com esses atos do personagem ou até simplesmente cortado as cenas onde ele assedia as mulheres e crianças. Eu defendo que cada um deve ser responsável pelo que realizou em suas respectivas áreas.
"Eu não li a Light Novel de Mushoku Tensei (e nem tenho interesse em ler)."
O mangaká também propõe um estilo artístico único. Ele escreve os diálogos e as falas dos personagens, seus designs e até pode impor uma reflexão ou uma mensagem através do seu tema. E por ser uma leitura, nós podemos ler no nosso próprio ritmo, e temos que ter um exercício pessoal meio imagético para poder imergir na obra. Mas o estilo e as escolhas do diretor podem até ressignificar a lógica do mangá, e até a mensagem da obra. Um anime tem seu próprio ritmo, pode ser mais rápido e frenético ou mais lento e contemplativo. Os personagens não dizem os diálogos, eles atuam os diálogos. Também temos a palheta de cores, trilha sonora etc. Tudo que é audiovisual vai mudar muito o sentido entre as duas obras. Vamos usar Death Note mais uma vez. Se pensarmos que o mangá possui uma relação que busca uma discussão no seu tema principal, então o anime de T. Araki vai quase que completamente contra essa lógica. Acho até que ele também busca um certo debate no anime, mas ele usa mais a narrativa de Death Note como premissa para transforma-lo em um anime de ação. Algumas pessoas até criticam por isso, mas eu particularmente adoro. Talvez Masayuki Kojima ou Hiroshi Hamasaki (dir: Stains:Gate, Texhnolyze e Mugen no Juunin: Immortal) ou qualquer outro diretor tivessem encenado o anime de outra forma.
Yakusoku no Neverland é um exemplo de um anime que ressignifica o sentido do seu material original. Na minha leitura com o mangá (que foi até o capitulo onde os personagens encontram outras crianças na floresta), pelo menos enquanto as crianças se encontravam na casa antes da fuga, eu me recordo de um sentimento de empolgação e revelação ao me deparar com alguma informação ou estratégia nova fornecida pelos personagens na casa. Tem muitos daqueles diálogos internos que se passam na cabeça dos personagens, e que aproxima o espectador ainda mais dessas possibilidades. Toda nova informação que era acrescentada criava aquela sensação deles estarem mais perto ou mais longe de sair da casa. Em resumo, um medo e empolgação pelas informações e pelo conhecimento daquele universo. Já o diretor Mamoru Kanbe pega esse material, e o adapta como um suspense imersivo. Na verdade, a informação na obra animada é ainda mais submissa – ele continua sendo um mind game entre as crianças e a Mama, mas isso abre mais espaço para uma encenação mais sufocante. Não existem tantos daqueles diálogos internos pôs o anime não quer nos aproximar das informações, e sim botar o espectador contra a parede o tempo todo. Vamos pensar no segundo episódio, na cena onde a Mama pergunta para a Emma se ela saiu na noite em que a Conny é morta no primeiro episódio. Nós podemos ver o rosto da Emma de perfil, sendo quase engolida pelo close assombrante da Mama cobrindo todo o plano. Não existe para onde olhar, nós só podemos ver o rosto da Mama e mais nada. Tem alguns momentos geniais onde somos colocados dentro das cenas com movimentos de câmera que passeiam pelos cenários em primeira pessoa. Literalmente como se estivéssemos dentro dos corredores apertados da casa. Eu diria que a encenação do diretor está quase sempre interessada em estreitar o espectador nas cenas, criando aquela sensação de um nó na garganta. Pelo menos, essas foram as experiências que eu tive com ambos os trabalhos.
Uma obra audiovisual pode proporcionar diversas possibilidades diferentes que não podem ser alcançadas na leitura, como o som, o movimento, tempo. Tudo isso deve ser considerado pelo artista na hora de pensar no impacto que ele quer causar. E eu não quero dizer com isso que um anime é superior a um mangá ou vice-versa, é apenas um reforço para exaltar que eles irão possuir impactos distintos. Tudo que eu escrevi foi para tentar propor uma reflexão sobre a forma de alguns artistas, e separar essa relação entre material base e adaptação.
Eu disse durante todo esse texto que o diretor é quem propõe uma visão artística sobre a obra, mas claro que existem diretores que vão apenas ilustrar o mangá em anime (e claro, isso é um péssimo diretor). Aquele que apenas usa o mangá/novel/jogo como base para seu projeto e apenas pensa em planos cinematográficos de forma aleatória, não irão causar um impacto positivo no seu espectador (ou pelo menos não em todos). É bem comum na maioria dos animes chineses que eu já assisti ocorrerem esse tipo de problema. As vezes são animes com grandes produções, e até com premissas interessantes, mas que não causam nenhum efeito no espectador. E também existem aqueles como o Manabu Okamoto em Mushoku Tensei, ou o recente coreano Seong-Hu Park (dir: Garo: Vanishing Line, The God of High School e Jujutsu Kaisen) que irão fazer escolhas que conflituam ou que não sustentam suas próprias ideias.
Eu vou recomendar aos leitores deste texto, a animação Rinshi!! Ekoda-chan, 2019. Onde 12 artistas que fazem animes são convidados a criar uma animação do mangá de mesmo nome. Todos podem escolher o estilo de animação; design; a dubladora da Ekoda-chan etc. Tudo isso para uma animação de no máximo 5 minutos. O mais interessante não são apenas as animações, e sim o que vem a seguir. Em todos os episódios, após vermos os trabalhos prontos, temos uma entrevista junto com o diretor e a dubladora da Ekoda-chan. O diretor explica o porquê das escolhas que ele fez para a sua visão sobre o mangá, e também conhecemos um pouco sobre eles. As dubladoras também dão o seu ponto de vista sobre como é atuar e viver a personagem. Eu acho interessante notar como o modo de falar e gesticular de alguns deles refletem o que acabamos de assistir. A entrevista do Yoshitomo Yonetani no episódio 5 é a mais engraçada para mim. A animação dele é absurda e ele também aparenta ser. O mais importante nesse projeto é podermos perceber algo que eu tentei desenvolver como argumento. Todos eles leram o mesmo material base, mas nenhum deles teve a mesma interpretação ou escolhas criativas. O que eles reproduzem visualmente é fruto de sua vida e experiências como artistas.
"Acho que isso era tudo que eu queria dizer. Tomara que vocês tenham apreciado essa leitura e esse ponto de vista um pouco diferente. Se eu não consegui convence-los, espero pelo menos ter pelo menos feito que minha tese fizesse sentido de algum modo. Abs!" (^◡^ )
Henrique Neves é fundador, administrador e escritor do site Casa dos Reviewers! Formado na faculdade de Jogos Digitais da Universidade Nove de Julho e estudante ativo (autônomo) de linguagem cinematográfica e animação.
Cargo: Administrador/Escritor
Henrique Neves é fundador, administrador e escritor do site Casa dos Reviewers! Formado na faculdade de Jogos Digitais da Universidade Nove de Julho e estudante ativo (autônomo) de linguagem cinematográfica e animação.
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